domingo, 13 de novembro de 2011



A
queda

Para onde se volta o nosso olhar
Quando o corpo está à porta das ilusões,
E as sequelas dos maus adágios aranham as costas
Com unhas afiadas, deixando-a em carne viva?
Deixando o espirito em febre mortal...?
Até quando verá isto? Em silencio...

Subi até o vigésimo quarto andar da vida,
Mas me parece o mesmo...
Ameacei então pular,
Vou me jogar... Gritei
Mas nada se ouviu.
Segui a cantar...
Mas ninguém prestou atenção,
Ninguém me viu…
Nem a letra da canção
Abri os braços e a queda me acolheu
Em córregos de vento suave
E fui,
Sozinho,
Em voo de saudade pura
Em sonho puro
Mas o chão não me tocou
Mais alto eu fui
Fui transformado agora em som e luz
Que cai no solo adormecido

Lucas

Nenhum comentário: